Uma mão mumificada, com apenas três longos dedos, de aparência alienígena, teria sido encontrada num deserto do peru.
Uma série de fotos de uma suposta “mão alienígena” foram divulgadas na internet e logo causaram alvoroço entre os internautas, especialmente aqueles que gostam de assuntos ligados à ufologia. A estranha descoberta teria sido feita num deserto do sul do Peru, em janeiro de 2016, e vem sendo divulgada por um peruano intitulado Luis Quispe, e que é conhecido pelo apelido Krawix.
Infelizmente, Quispe não deu maiores informações sobre o local em que foi descoberta essa mão, que possui 33 cm e apenas três longos dedos. Segundo o peruano, em vídeo divulgado no YouTube, no dia 22 de dezembro, somente após a análise do DNA da peça e da comprovação, ou não, de sua origem alienígena, é que tornará pública toda informação que dispõe sobre o achado arqueológico, mas em forma de documentário.
Luis Quispe revela apenas que a mão de aparência extraterrestre foi achada no deserto, numa estrutura similar a uma caverna e que era protegida por uma grande porta de pedra. Dentro desse local havia dois sarcófagos. Neles foram encontrados a mão bizarra, um esqueleto de um humanoide em miniatura e uma pequena caveira. Todos os três objetos estranhos estão ressecados e cobertos com uma espécie de argila.

O peruano contou com a ajuda do médico Edson Salazar Vivanco, que trabalha no hospital Antonio Lorena, em Cusco, para analisar a “mão alienígena”. Por enquanto, foram feitas apenas radiografias desse estranho objeto. Mesmo assim, o especialista foi capaz de reconhecer que é bem similar à mão humana, com presença de falanges (possui seis, ao contrário de nós, que temos três), articulações e até das unhas nas extremidades dos longos dedos.
O material está mumificado naturalmente, de acordo com Vivanco, devido às condições desérticas do lugar em que foi encontrado. Mas, o que intriga o médico é a presença de ao menos dois “anéis” metálicos presos aos ossos da mão, e que não foram corroídos pelo tempo. Ele acredita que é muito importante analisar também a composição desses metais para se ter ideia da origem do “ser”.

A análise feita por Edson Salazar Vivanco também descartou a possibilidade de a mão ser uma fraude, ou seja, feita de algum material diferente do que se encontra no ser humano. Uma prova disso, de acordo com o especialista, são as porosidades presentes na peça, que comprovariam a existência de ossos.
Graças às primeiras análises do objeto, chegou-se à conclusão que ele deve pertencer a um “ser vivo”, possivelmente um mamífero, com altura estimada entre 2,7 e 3 m.
Luis Quispe já adiantou que, possivelmente, a mão será encaminhada à Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), nos Estados Unidos, para uma avaliação mais profunda de sua composição e, claro, para que seja analisado o DNA. O resultado deverá ser divulgado ainda em 2017.
Aparentemente, sem saber exatamente o que falar de forma espontânea e lendo uma espécie de roteiro em mãos, o usuário “krawix999” (que a imprensa peruana passou a chamar de Paul, sendo que o explorador Thierry Jamin mencionou em uma de suas postagens o nome Luis Quispe) tentou associar inicialmente a sua descoberta aos Petróglifos de Miculla, mas não se aprofundou sobre a questão, naturalmente por desconhecero contexto histórico envolvido. Em seguida, novamente ele apresentou uma péssima foto de um dos supostos sarcófagos, nos quais teriam sido encontrado cerca de “20 seres”, alguns parecidos e outros diferentes (muito embora ele disse anteriormente, que tudo teria sido descoberto apenas no segundo sarcófago).
Então, pouco tempo depois surge uma pergunta na tela, dizendo: “Quem analisou os mesmos?“. Como resposta aparece que os “seres” foram analisados por biólogos, arqueólogos, e cientistas forenses. Vejam as imagens dos tais profissionais das respectivas áreas mencionadas:
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Então, pouco tempo depois surge uma pergunta na tela, dizendo: “Quem analisou os mesmos?“. Como resposta aparece que os “seres” foram analisados por biólogos, arqueólogos, e cientistas forenses. |
Acredito que, diante do que publicamos, vocês saibam que não há nenhum biólogo, arqueólogo ou cientista forense envolvido nessa história. No máximo “pesquisadores”, “exploradores”, “ufólogos” e por fim um “médico”, que até hoje não sabemos exatamente suas credenciais.
O usuário “krawix999” também disse, que ainda não tinham sido feitas análises de DNA, que custariam cerca de € 7.000 (cerca de R$ 23.000 pela cotação atual) por “peça”, e que teriam que ser feitas cerca de três análises, em três laboratórios diferentes, o que resultaria em € 21.000 (cerca de R$ 71.300) por peça, sendo que as três peças somavam cerca de € 63.000 (cerca de R$ 213.000). Essa é uma parte interessante, visto que o Brien Foerster (o mesmo do “exame de DNA de Paracas”, que foi algo vexatório, e que mostrei uma dose de realidade para vocês ao longo do meu texto anterior) disse que poderia fazer “gratuitamente” por meio de um comentário no YouTube.
Qual a razão disso ser interessante? Na época dos crânios de Paracas, o Brien Foerster abriu uma “vaquinha virtual” para arrecadar cerca de US$ 12.500 dólares (cerca de R$ 40.000) para fazer um único novo exame de DNA nos crânios de Paracas, sendo que a campanha arrecadou cerca de US$ 4,886 (cerca de R$ 15.700), cerca de 39% da meta, cujas pessoas nunca mais viram o retorno do dinheiro delas. Assim sendo, fico imaginando de onde o Brien Foerster, que aparentemente tomou para si o dinheiro dessas pessoas, que acreditaram na origem extraterrestre dos crânios, vai tirar cerca de US$ 66.300 para financiar essas análises. Evidentemente, cada laborário pode cobrar um preço diferente, mas quais seriam esses laboratórios? Seria o mesmo fiasco dos crânios de Paracas? Vão abrir uma nova “vaquinha” e tomar o dinheiro das pessoas? Estranho, não é mesmo?