A residência nobre tem mais de 40 quilômetros de extensão
Pesquisadores da Universidade de Estocolmo descobriram uma nova instalação viking nos arredores de Birka, na Suécia. Os resultados, que serão publicados na revista científica internacional Archäologisches Korrespondenzblatt, mostram que o local data de um período após 810 depois de Cristo.
Graças a pesquisas geofísicas de alta-resolução feitas durante setembro de 2016, utilizando-se de radares capazes de penetrar o solo, foi possível identificar o espaço que conta com mais de 40 quilômetros de extensão. Seu tamanho sugere que ele pertenceu ao habitante mais velho da ilha, o representante do rei e também oficial de justiça de Bailif.
“Esse tipo de residência viking de alto status só foi identificado em alguns poucos locais ao sul da Escandinávia, como por exemplo em Tissø e em Lejre, na Dinamarca”, comenta Johan Runer, arqueologista no museu municipal de Estocolmo.
Uma grande área cercada ao lado da instalação sugere que o local era usado também para cerimônias religiosas. “A instalação pode dizer coisas importantes sobre a fundação da cidade de Birka, porque é algo que data de muito antes dela”, acrescenta Runer.
Birka fica na ilha de Björkö, no Lago Mälaren, a 40 quilômetros de Estocolmo, e é considerada uma das cidades mais antigas da Suécia, sendo sítio de escavações desde o século 17. A cidade foi estabelecida em meados do século oito e foi rota de transporte para o Império Bizantino. Além disso, a região é importante por ser a primeira congregação cristã na Suécia, fundada em 831 por Ansgário de Hamburgo.
“Os resultados mostram os benefícios de usar métodos não intrusivos de pesquisa geofísica para a detecção de aspectos arqueológicos e, mais uma vez, provam ser uma ferramenta inestimável para documentar ruínas de construções da Idade de Ferro na Escandinávia”, conta Andreas Viberg, pesquisador no laboratório de pesquisas arqueológicas da Universidade de Estocolmo.
(Fonte: The Local e EurekAlert)