
Pés de repolho chinês foram colhidos na Estação Espacial Internacional (ISS) em fevereiro — foi a quinta safra de plantas do experimento Veggie desde 2014 (veja outros plantios abaixo).
Metade da produção servirá como salada para os astronautas e o restante retornará à Terra para análise. Há décadas, cientistas estudam os efeitos da microgravidade nas plantas, como no funcionamento dos genes. “O processo controla a produção de enzimas e as reações metabólicas”, diz Howard Levine, da NASA, que trabalha no Projeto APH, sucessor do Veggie.
As plantas terão papel central em naves tripuladas, já que serão fontes de alimento e oxigênio no espaço profundo. “Isso inclui missões de trânsito em Marte ou nas vizinhanças da Terra e da Lua”, afirma Ray Wheeler, que coordena estudos de suporte à vida na NASA. Sem contar, é claro, a satisfação de cultivar um pedacinho da Terra — e vê-lo brotar bem longe de casa.

GIRASSOL
Expedição 30/31 com Don Pettit (2012)
A flor quase morreu na ISS, mas resistiu sob os cuidados atenciosos do astronauta Donald Pettit. Ele compartilhava em um blog o status dessa e de mais duas plantas pessoais.

ALFACE ROMANA VERMELHA
Expedição 44 com Scott Kelly (2015)
Primeira verdura produzida e consumida no espaço. “Pequena mordida para um homem, salto gigante na jornada para Marte”, tuitou o comandante Kelly.

ZÍNIA
Expedição 46 com Scott Kelly (2016)
Foi a primeira flor a germinar no experimento Veggie. A equipe do projeto criou uma cartilha simplificada para instruir Kelly na arte da “jardinagem autônoma”.

REPOLHO CHINÊS
Expedição 50/51 com Peggy Whitson (2017)
Whitson cultivou por um mês e colheu os primeiros pés da espécie na ISS. Metade da safra volta à Terra; o resto é dos astronautas, que dispõem até de molhos para colocar na salada.