A potencial “exolua” foi observada em um sistema situado a quatro mil anos-luz do nosso. A estrela do sistema tem quase o mesmo tamanho do Sol e é chamada de Kepler-1625. Se realmente existir, a lua é enorme: tem o tamanho de Netuno e pode orbitar um planeta grande como Júpiter.
Os especialistas acreditam que o satélite, na realidade, era um planeta que foi capturado pela órbita do outro gigante. “Seria espetacularmente diferente de tudo que temos no Sistema Solar”, afirma David Waltham, da Universidade de Londres, na Inglaterra, em entrevista à New Scientist.
Agora os astrônomos de Columbia querem usar o Hubble para confirmar a hipótese, já que o telescópio tem qualidade muito superior ao Kepler. “Antecipamos que as medições propostas seriam o suficiente para provar de forma inequívoca a detecção de uma lua fora do nosso Sistema Solar”, argumenta o time em seu pedido de uso do equipamento.
Como o nosso Sistema conta com várias luas diferentes — Titã, Fobos e Encélado, por exemplo, são fascinantes —, os cientistas acreditam na possibilidade de também existirem muitos satélites em torno de exoplanetas. “Temos quase certeza de que eles estarão lá. Seria estranho ter várias luas em um sistema e em nenhum outro lugar”, reforça Waltham.