
Neste sábado, dia 22 de abril, dia mundial da Terra, ocorrem em mais de 500 cidades do mundo a Marcha pela Ciência. No Brasil, 21 protestos estão programados. A ideia das manifestaçoes começou nos Estados Unidos, como medida de contra-ataque às políticas prejudiciais à ciência que o presidente Donald Trump vêm tomando.
O objetivo, agora, é muito maior: chamar a atenção para a importância da ciência dentro da sociedade e fazer um apelo aos políticos para que as pesquisas científicas sejam respeitadas como fonte de referência para a criação de legislaturas.
Com instituições brasileiras apoiando a causa, como a Universidade de São Paulo e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, os cientistas irão protestar também contra os cortes de gastos feitos recentemente pelo governo federal.
Em um deles, por exemplo, ocorrido no final de janeiro, o governo do estado de São Paulo retirou 10% do orçamento destinado à Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A decisão foi revertida e R$ 120 milhões foram devolvidos aos fundos de pesquisas, após manifestações da comunidade.
“Temos carência de políticas públicas e investimentos que favoreçam a pesquisa científica” afirma um dos organizadores do evento e aluno de Biologia na USP, Felipe Simões. Entre as cidades onde estão programas as marchas encontram-se São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Boa Vista, Goiânia, Salvador e Curitiba (clique nos links para mais informaçoes).
No mundo, a principal delas ocorrerá na cidade de Washington, capital norte-americana, onde os cientistas caminharão até à Casa Branca. Mas outras cidades como Londres, Paris, Lisboa, Sidney e Pequim também estão entre os lugares onde as marchas ocorrerão.