Com menos embarcações, Baía de Guanabara está mais limpa e tartarugas são vistas nas águas


A Baía de Guanabara sempre tomada por embarcações de muitos tipos, com a crise do Cornavírus presencia um número cada vez menor de navios, barcas e barcos. Com isso, as águas dão sinais de menos poluição e animais, como tartarugas e peixes passam a ser visíveis.

Você já ouviu falar no Tom Jobim? Ele foi um famoso músico e compositor carioca que cantava as belezas do Rio de Janeiro. Ele se foi em 1994, mas em 1977 já havia escrito uma paródia da música Carta ao Tom, que ganhou de Vinícius de Moraes em 1974. A letra diz assim: “É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com a natureza, é melhor lotear o nosso amor”. Na música, como em outras canções e tantos outros textos, Tom se lamentava do descaso das pessoas com o meio ambiente. Ele é apontado por muitos como o primeiro grande ativista ambiental brasileiro. Se visse hoje a situação da Baía de Guanabara, que ele tanto amava, talvez não sobrevivesse de tristeza. A região é uma das que mais sofre no Rio de Janeiro com a poluição. Entre 2017 e 2018, o estudo Movimento Baía Viva concluiu que o estado tem um prejuízo de R$ 50 bilhões por ano com descasos ecológicos. Nesta semana, entretanto, a Baía amanheceu limpa, como há anos não amanhecia.

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Isso se deu por conta da maré de sizígia, que produz ondulações oceânicas mais altas relativas ao nível médio do mar (NMM) que variam de acordo com o ciclo das luas e também devido à redução acentuada do tráfego de embarcações no oceano.

Somente no interior da Baía de Guanabara trafegam por ano mais de 10 mil navios e rebocadores da indústria petroleira.

“A mãe natureza pode ser restaurada: basta reduzirmos o ritmo acelerado de nossas cidades e superar a ganância do ‘progresso destrutivo’”, opina o ambientalista Sergio Ricardo, do movimento Baía Viva.

Caso parecido aconteceu nas praias de Rushikulya Rookery e Gahirmatha, localizadas no estado de Odisha, na Índia, onde milhares de tartarugas foram avistadas desovando durante o dia! De acordo com Amlan Nayak, guarda florestal do distrito, a última vez que isso aconteceu foi em 2013. O fenômeno raro se deu em meio a uma quarentena obrigatória estabelecida pelo governo.


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