O cometa C/2017 S3 PanSTARRS já está surpreendendo os astrônomos, e ninguém sabe o que pode acontecer durante sua máxima aproximação com o Sol.
Um cometa que poderá se tornar visível a olho nu em agosto desse ano acaba de brilhar de forma inesperada! O cometa PanSTARRS C/2017 S3 aumentou seu brilho em 16 vezes em apenas algumas horas, saindo da magnitude +12 para +9.
O astrônomo amador Michael Jäger da Áustria registrou o cometa C/2017 S3, revelando sua atmosfera verde em expansão. É inacreditável:
O cometa PanSTARRS (C/2017 S3) veio diretamente da fria e longínqua Nuvem de Oort (uma região repleta de cometas), e agora está se aproximando do Sol rapidamente. Segundo os astrônomos, esse cometa não é periódico, ou seja, ele provavelmente nunca visitou as cercanias do Sistema Solar interno, então ninguém sabe dizer o que poderá acontecer. Por ter uma grande quantidade de gelo sujo em sua composição, sua exposição aos raios solares poderá surpreender, criando aumentos de brilho inesperados, por exemplo.
As estimativas apontam que esse cometa atingirá um máximo de magnitude aparente de +4, ou seja, poderá ser visto a olho nu apenas em locais com baixa poluição luminosa. Por outro lado, “outbursts” ou “explosões de brilho” podem aumentar ainda mais sua visibilidade. Existe uma chance desse cometa se tornar visível a olho nu mesmo em céus poluídos, como é o caso das grandes cidades.
O cometa C/2017 S3 PanSTARRS foi descoberto em 23 de setembro de 2017, pelo telescópio PanSTARRS, localizado no topo do monte Haleakala, no Havaí. A principal missão do telescópio PanSTARRS é detectar asteroides próximos da Terra que poderiam ser uma ameaçam para o nosso planeta. No entanto, ele também observa estrelas variáveis, supernovas e cometas, como é o caso agora.
O novo cometa PanSTARRS está se aproximando do Sol numa órbita hiperbólica – uma trajetória estreita e altamente alongada que acabará “estilingando” o cometa para o Sistema Solar exterior.
Seu periélio (máxima aproximação com o Sol) ocorrerá em 15 ou 16 de agosto de 2018, quando ele chegará mais próximo do Sol do que o planeta Mercúrio. O que vai acontecer? Ainda não sabemos…
Imagens: (capa-Michael Jager) / JPL / SSD / SBDB / Michael Jager / divulgação
10/07/18