É ridículo pensar que somos os únicos no universo”, diz Ridley Scott


Há 38 anos, uma criatura grotesca saltava da barriga do Primeiro Oficial Kane, assassinava quase todos os tripulantes da nave espacial Nostromo e se tornava um clássico dos filmes de ficção científica e de terror.

Responsável pela direção do primeiro Alien e de Prometheus, outro filme da franquia lançado em 2012, o diretor britânico Ridley Scott retorna à temática de extraterrestres assassinos em Alien: Covenant, que estreia nos cinemas brasileiros no dia 18 de maio.

“A premissa é a mesma: pessoas dentro de uma nave tentando sobreviver. Mas agora temos perguntas e respostas que tornam a história tão interessante quanto a criatura em si”, afirma o diretor.

Ridley Scott (Foto: Divulgação)
Scott acredita que não estamos sozinhos no Universo. Só precisamos torcer para que o passatempo de nossos vizinhos espaciais não inclua a invasão de corpos alheios… Confira abaixo a entrevista:

A exploração do espaço e a busca por outras formas de vida são temas recorrentes em seus trabalhos como diretor. Por quê? 
É um novo universo. É ridículo pensar que somos os únicos no universo — e isso era o senso comum há não muito tempo. Pesquisei esses assuntos a fundo durante as gravações de Perdido em Marte, e a Nasa ficou bastante empolgada com o que fizemos, uma vez que nosso trabalho se aproximou da realidade: vamos mandar humanos para Marte em breve e poderemos cultivar batatas em solo marciano para sobrevivermos.

Qual é o significado de “Covenant”? Há alguma referência escondida no nome da nave que batiza o novo filme? 
Covenant significa “acordo”. É uma nave que parte em direção a um novo mundo, correndo o risco de nunca mais voltar.

Em seus filmes, você  faz questão de criar fortes personagens femininas. Em Alien: Covenant não foi diferente… 
Eu estou acostumado com mulheres fortes. Quando fiz o primeiro Alien, não pensei muito sobre o fato de Ripley (interpretada por Sigourney Weaver), a única a sobreviver, ser uma mulher. Mas quando o filme foi lançado, o fato de ter uma protagonista feminina repercutiu bastante.