Estação espacial chinesa vai colidir com a Terra nos próximos dias e Brasil está na Zona de Impacto


Módulo saiu do controle da agência chinesa e está em queda, sem que se saiba o lugar exato onde irá cair; chance de atingir pessoas é muito baixa

Há alguns meses, a China admitiu estar com problemas com sua estação espacial Tiangong-1 que, sem possibilidades de ajustes em sua posição na órbita, provavelmente cairá na Terra. A maior preocupação até o momento é que a estação está contaminada com uma série de substâncias tóxicas, podendo causar catástrofes ambientais.

Ao final de 2017, a Agência Espacial Europeia (ESA) fez uma previsão de que a Tiangong-1 deve acertar algum lugar próximo à Península Ibérica entre os dias 17 de março e 21 de abril de 2018, mas previsões mais atualizadas corrigiram as datas da provável colisão para o período entre 24 de março e 19 de abril.

Apesar da falta de precisão, parece que o Brasil não é o faz parte dos de locais com maior risco de receber essa indesejada visita espacial, uma vez que os destinos mais prováveis são o norte dos EUA, Península Ibérica, China e boa parte do Oriente Médio, além de vários outros países, todos distantes daqui.

Apesar de seu tamanho avantajado, há esperanças de que os pedaços de Tiangong-1 sejam totalmente incinerados ao entrar na atmosfera do planeta. Porém, ainda há a possibilidade de causar danos sérios, especialmente se atingir alguma região povoada.

Os riscos reais

As chances de detritos aterrissarem ou atingirem pessoas é bastante pequena, cerca de um milhão de vezes menos provável que acertar na loteria, segundo os especialistas em lixo espacial. Apesar das boas notícias, ainda é bastante preocupante que um nação tenha perdido o controle de uma estação espacial de 8 toneladas lotada de substâncias perigosas, como a cancerígena hudrazina.

À medida que a data de colisão se aproxima, a ESA e outras agências espaciais estão de olho nas ameaças. Mas de antemão avisam: caso você encontre um pedaço de Tiangong-1 em seu caminho, em hipótese alguma toque os destroços ou inale os gases que podem ser emitidos.

Lançada como um símbolo das ambições chinesas no espaço, a primeira estação espacial da China perdeu contato com a agência espacial do país e está caindo em direção à Terra, devendo chegar entre os dias 27 de março e 8 de abril.

A perda do controle ocorreu em 2016, cinco anos após o lançamento da estação, quando a China se tornou o terceiro país a lançar este tipo de módulo espacial, após Estados Unidos e Rússia. As informações são do The Guardian.

Não se trata é verdade de uma construção de dimensões tão amplas quanto à principal russa, a Estação Espacial Internacional, a maior em órbita, lançada em 1998. Esta russa tem uma massa de 254,5 toneladas, enquanto a chinesa, a menor de todas, possui 8,5 toneladas.

O módulo em queda está agora a uma altitude de 241 km e sendo rastreado por agências espaciais em todo o mundo. Há a possibilidade de cientistas realizarem uma queda controlada, induzindo o objeto a cair em direção ao Pacífico Sul, que possui uma região destinada à queda de objetos espaciais.

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A única região na qual se tem certeza de que a estação não irá cair é no Reino Unido. O módulo vem perdendo altura com movimentos circulares e, por sua posição orbital, a Tiangong-1 tem chances de cair nas Américas do Sul e do Norte, no Oriente Médio, na África, Austrália, Europa, partes do Pacífico e na própria China.

Não há certeza de que a nave ficará inteira após a reentrada, já que a China não divulgou detalhes sobre o design e os materiais usados ​​para fazer o Tiangong-1. Há a chance de o objeto ter tanques de combustível de titânio contendo hidrazina tóxica (material de propulsão) que podem representar um perigo se caírem em áreas povoadas. A possibilidade, porém, de destroços da estação atingirem pessoas é muito baixa.


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