Em 1928, o médico Sergei Brukhonenko criou uma máquina que, exercendo as funções de coração e pulmão, mantinha viva a cabeça de um cachorro durante algumas horas. Viva mesmo: a cabeça respondia a estímulos e até se alimentava (ou quase isso, já que a comida não tinha pra onde ir depois de engolida). No entanto, não sabemos se as cabeças foram cortadas de propósito para conduzir o experimento.
Experiências tão macabras como esta suscitam o debate acerca dos limites éticos aceitáveis para promover o avanço científico. O que pode ter ocorrido na mente deste animal? Ele sentiu dor ainda que tenha sido ressuscitado? Estas deveriam ser perguntas que os cientistas deveriam se fazer caso respeitem o fenômeno da vida o qual não podemos compreender em sua totalidade.
No caso da cabeça destes animais terem sido deliberadamente cortadas com o fim de fazer os testes em laboratório, isso realmente causa um desgosto pela humanidade inexprimível em palavras ao autor do Enigmas do Universo. Reflitam: Todas as grandes descobertas e avanços científicos promovidos pelo Ser Humano não valem a pena se forem baseadas em atitudes deploráveis.
O homem teve a possibilidade de conscientemente desfrutar de um ambiente naturalmente majestoso no planteta Terra, e segue castigando o mesmo através da Indústria ao longo dos séculos, ainda que desconheça os enigmas naturais que deram luz a toda esta diversidade e a sua própria consciência. Até que ponto a arrogância do Ser Humano poderá promover a destruição de algo que sequer pode compreender? E mais, a compreensão efetiva da Natureza daria ao mesmo o direito de fazer o que bem entedesse com ela?
Assim como alguns autores, acredito que caso o Ser Humano se torne capaz de uma compreensão superior no futuro isto poderá guiá-lo em um caminho de paz no qual cada organismo vivo seja respeitado como um arcabouço de todo o Universo, um Deus em si.