Na ocasião, não havia nenhum tipo de vida complexa no nosso planeta, mas morreu boa parte dos microrganismos ancestrais que dominavam a Terra
Cientistas da China e dos Estados Unidos descobriram uma extinção em massa que teria sido pior do que a que aniquilou os dinossauros. Segundo os especialistas, há um pouco mais de 2 bilhões de anos, uma outra catástrofe ainda mais severa dizimou os micróbios que reinavam na Terra.
Na época, não havia nenhum tipo de vida complexa no nosso planeta. Logo, para entender a grande extinção dos microrganismos, os cientistas não tinham nenhum tipo de fóssil disponível.
Mais informações sobre a aniquilação dos micróbios foram descobertas pelos experts por meio de minerais de sulfato de bário, conhecidos como baritas, recolhidos na Baía de Hudson, no Canadá.
“Esse estudo mostra que, mesmo quando a biologia na Terra é comprometida só por micróbios, você ainda pode ter um evento de extinção que não é gravado em registros fósseis de nenhuma outra forma”, afirmou o pesquisador Malcolm Hodgskiss, coautor do estudo.
Como as baritas capturam o oxigênio presente na atmosfera, elas permitem traçar os níveis do gás ao longo da história. E, neste estudo, elas evidenciam que, há 2,05 bilhões de anos, o baixo nível de oxigênio levou a uma queda no números de seres vivos.
Os cientistas acreditam que quedas nos níveis de oxigênio possam estar ligadas às mudanças na biosfera – a parte da Terra que é ocupada por organismos vivos.
A descoberta também ajuda a entender como ocorreu a evolução da vida no nosso planeta, dando uma ideia até de como o pode ser a atmosfera fora do nosso Sistema Solar.