Falcon Heavy, o foguete massivo da Space X, foi lançado em direção a Marte e levou um Tesla a bordo


O mais poderoso foguete jamais criado deverá levantou voo. Levando a bordo um Tesla Roadster em direção a órbita de Marte.

“Eu adoro a ideia de um carro navegando aparentemente sem parar pelo espaço e talvez sendo descoberto por uma raça alienígena milhões de anos no futuro”, disse Elon Musk.

O principal teste do novo foguete jumbo Falcon Heavy, que deverá ser classificado como o mais potente do mundo e o veículo espacial mais poderoso a ser lançado dos Estados Unidos desde os foguetes Saturn 5, da Nasa, que transportaram astronautas para a lua 45 anos atrás.

Houve gritos e aplausos na base de Cabo Canaveral, Flórida, quando o Falcon ligou seus 27 motores. A SpaceX transmitiu o lançamento ao vivo.

“O Falcon Heavy será lançado para a órbita de Marte amanhã. Se não explodir em pequenos pedaços, levará o Starman no Roadster a mais de 400 milhões de km da Terra a 11 km / s em uma jornada de um bilhão de anos através do espaço profundo.

https://youtu.be/n-uVAJ2P-F8

Se ele funcionar, o Falcon Heavy será o foguete mais poderoso do mundo por um fator de dois e o veículo de lançamento de carga útil mais alto a alcançar a órbita após o foguete Saturno V. Poderia fazer missões com tripulação para a lua e Marte com recarga orbital, mas melhor deixar isso para o programa BFR”.

 

Elon Musk

O líder da SpaceX e da Tesla já tem habituado o mundo a anúncios invulgares e ideias originais. Elon Musk prepara-se para mais um marco histórico: o primeiro lançamento da Falcon Heavy da SpaceX. Trata-se do maior e mais poderoso foguetão de sempre. E tem, segundo a SpaceX, capacidade para fazer missões a Marte. Na prática, o Heavy resulta da junção de três Falcon 9, a nave da SpaceX que tem sido usada em várias missões espaciais para lançar satélites e transportar carga para a Estação Espacial Internacional. No total, são 27 motores (3×9) que têm uma capacidade de impulso total equivalente a cerca de 18 aviões Jumbo (Boeing 747).

A capacidade de transporte anunciada é superior a 60 toneladas, mais do dobro da capacidade do concorrente mais próximo, o Delta IV Heavy da United Launch Alliance (motores da Boeing).

Falcon Heavy

O Falcon Heavy é projetado para transportar cargas úteis de muito maior peso do que um carro esportivo, com a SpaceX vangloriando sua capacidade de colocar cerca de 70 toneladas em órbita terrestre por um custo de US$ 90 milhões por lançamento.

Mas no primeiro voo a carga vai ser bem leve. O Falcon Heavy não vai transportar satélites ou outra qualquer carga espacial. O que até é compreensível porque este será um lançamento de testes. Mas não vai vazio: vai transportar um Tesla Roadster da coleção pessoal do próprio Elon Musk. Se tudo correr bem, o Roadster vai atingir uma velocidade nunca antes alcançada por um carro já que o Falcon Heavy deverá atingir mais de 7000 km/h.

O lançamento Falcon Heavy é particularmente importante porque este veículo espacial é visto como uma alternativa válida e económica para as missões que a NASA está a planear para a Lua e até para Marte.

Vídeo do teste dos motores do Falcon Heavy

Por enquanto, o Falcon Heavy tem apenas algumas reservas previstas para suas missões, duas delas para o envio de grandes satélites de telecomunicação que precisam ser colocados em órbita geoestacionária a 36 mil km acima da Terra.

“Esses satélites têm mais de 6 toneladas, enquanto a capacidade do foguete é de 8 toneladas para uma viagem até uma órbita geoestacionária se ele for integralmente reutilizado”, disse Rachel Villain, da consultoria especializada em atividade espacial Euroconsult.

“Então, obviamente o objetivo deve ser reutilizar o foguete totalmente, caso contrário a capacidade até uma órbita geoestacionária é de 20 toneladas, o que é bastante.”

Como fica a Nasa?

Se o lançamento for bem-sucedido, surgem algumas questões delicadas para a política especial dos Estados Unidos.

A Nasa certamente pode achar diferentes usos para essa capacidade de carga extra, mas a agência tem seu próprio “foguete monstro” em desenvolvimento.

O dilema para a Nasa e legisladores americanos é que o Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês), como o foguete é conhecido, ainda levará alguns anos para poder ser usado, com uma capacidade de 70 toneladas para órbita baixa.

Além disso, cada lançamento custará US$ 1 bilhão (R$ 3,25 bilhões), enquanto o Falcon Heavy custará apenas US$ 90 milhões (R$ 292,5 milhões) por voo, segundo Musk.

Muitos já questionam o Congresso dos Estados Unidos como justificar esse custo extra quando uma alternativa bem mais barata está prestes a ficar disponível. E Musk não é o único empreendedor desenvolvendo soluções comerciais com grande capacidade de carga que superam em muito o custo do SLS.


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