Os que acreditam nos pedidos ao avistarem uma estrela cadente podem preparar uma lista para a noite desta quarta-feira e a madrugada de quinta-feira, o pico da geminídeas. Esta chuva de meteoros, que acontece desde o dia 4 e vai até o dia 17, é considerada uma das principais do calendário anual, tanto em número como intensidade do brilho dos meteoros. E neste ano a observação será beneficiada pela Lua minguante, que será apenas um fino risco no céu.
As Gemínidas, Geminidas, ou Geminídeos, são chuvas de meteoros causadas pelo objeto 3200 Faetonte,que acredita-se ser um asteroide da família Palas, com uma órbita de “cometa rochoso”. Isto faz das Gemínidas, junto com as Quadrântidas, as duas principais chuvas de meteoros que não se originam de um cometa.
Os meteoros destas chuvas são lentos, e podem ser vistos em dezembro, com pico normalmente em torno do dia 13 ou 14, e a data de maior intensidade sendo a manhã do dia 14. Acredita-se que a intensidade das Gemínidas esteja aumentando a cada ano, e as últimas delas apresentaram 120 a 160 meteoros por hora, sob condições ótimas, geralmente em torno de 02:00 a 03:00, hora local.
As Gemínidas foram observadas pela primeira vez em 1862,bem mais recente que qualquer outra chuva de meteoros como as Perseídeas (36 EC), e Leónidas (902 EC).
— Com as perseidas em agosto sendo prejudicadas pela Lua cheia, as geminídeas serão a melhor chuva deste ano — comentou Bill Cooke, do departamento de Meteoroides da Nasa. — A Lua fina não vai atrapalhar o show.
De acordo com o Calendário de Chuvas de Meteoros da Organização Meteorológica Internacional, o pico da geminídeas será às 4h30 desta quinta-feira, pelo horário de Brasília. No Hemisfério Sul, o radiante — ponto de onde os meteoros parecem surgir — já será visível a partir das 22h desta quarta-feira. A expectativa é que no pico cerca de 120 meteoros sejam registrados por hora.
Como o nome indica, as geminídeas se concentram na constelação de Gêmeos. A melhor forma para localizá-la no céu é procurar as “Três Marias”, nome popular do cinturão da constelação de Órion. Seguindo uma linha imaginária perpendicular ao alinhamento delas, encontra-se Castor e Pólux, as duas estrelas mais brilhantes da constelação.
Esses pequenos fragmentos, do tamanho aproximado de grãos de feijão, cruzam a atmosfera a cerca de 120 mil km/h. Mas eles não oferecem ameaça, pois praticamente todos se desintegram antes de tocar o solo.
O fenômeno será observável a olho nu de qualquer região do país, dependendo das condições meteorológicas. De acordo com a previsão do Climatempo, o Rio de Janeiro terá noite com poucas nuvens. O ideal é procurar um local afastado dos grandes centros urbanos, já que a poluição luminosa das cidades prejudica a observação.