Ambas as câmaras do Congresso dos EUA acabaram de aprovar uma lei de autorização para a NASA em 2017. A agência não só conseguiu um financiamento de 19,5 bilhões de dólares: também receberam uma ordem clara para levar a humanidade para Marte.
Marte está nos planos há algum tempo, mas a lei de 2017 coloca ênfase neste objetivo, tornando-o ponto central dos planos de longo prazo da NASA. No documento, o congresso afirma o que a agência deve fazer: “fiquem perto ou na superfície de Marte nos anos 2030”.
Não é esperada qualquer oposição ao projeto, por isso é provável que seja aprovada pelo presidente Donald Trump.
Para chegar a Marte em 2030, o Congresso está pedindo à NASA que desenvolva um roteiro inicial que deve ser apresentado antes de 1 de dezembro de 2017.
O documento também afirma que o roteiro de exploração deve começar com a órbita terrestre e partir para missões cada vez mais distantes, até chegar à superfície de Marte.
Através desta lei de autorização, o Congresso afirma que Marte é um objetivo a longo prazo para o programa espacial, e é provável que a Lua seja uma parada em 2020, se os planos da atual administração prosperarem.
Recentemente, grande parte das notícias sobre missões a Marte envolvia empresas espaciais privadas, especialmente a SpaceX. De acordo com Elon Musk, CEO da SpaceX, a empresa vai criar um assentamento permanente em Marte.
Para este fim, o plano de Musk inclui o lançamento da espaçonave não tripulada Red Dragonaté 2018, depois um novo foguete reutilizável até 2022, e eventualmente enviarão humanos depois disso – esperançosamente em torno de 2025. Entretanto, muitos detalhes ainda precisam ser estudados.
Mas atualmente, o que a NASA tem feito em relação a Marte? Hoje, a agência possui uma série de rovers por lá. Um deles, Curiosity, está fazendo muito progresso para nos ajudar a entender o quanto de água existiu (ou talvez ainda exista) em Marte. Outro rover é planejado para 2020, visando estudar a disponibilidade de recursos, como oxigênio. Este tipo de missão é o primeiro passo para levar pessoas até Marte.
Em última análise, conseguir enviar humanos para Marte não é uma obsessão inútil. É um grande empreendimento, com potencial de inspirar novas gerações da mesma maneira que o pouso na Lua da Apollo fez. Além disso, existem vieses econômicos e até mesmo de colonização para serem considerados.
Por Dom Galeon e Jolene Creighton | Science Alert
Traduzido e adaptado por Matheus Gonçalves