Pela primeira vez, cientistas conseguiram armazenar informação em base de luz como ondas de som em um chip de computador. Isso seria comparável a armazenar um raio como se fosse um trovão.
Enquanto a ideia pode parecer estranha, essa tecnologia é muito importante para que nossos eletrônicos passem a ser ainda mais eficientes. Computadores com processamento com base na luz podem lidar com a informação com muito mais velocidade.
Computadores com esse tipo de processamento, também chamados de computadores fotônicos, têm o potencial de ter 20x a velocidade de um laptop atual, sem mencionar o fato de que ele não produziria calor e consumiria muito menos energia para funcionar.
Toda essa eficiência vem do fato de que esse tipo de computador fotônico processa as informações através de fótons ao invés de elétrons, como observamos nos computadores que funcionam na base da eletricidade.
Esse tipo de tecnologia tem sido idealizada por empresas como IBM há anos, mas há um obstáculo: a informação que chega através de fótons via fibra ótica é tão rápida que os microchips atuais não conseguem realizar a leitura. Por isso a informação deve ser desacelerada, ou seja, convertida em elétrons lentos, para que possa ser lida.
“Para que isso se torne uma realidade comercial, dados fotonicos no chip têm que ser desacelerados para que possam ser processados, armazenados e acessados”, diz um dos pesquisadores, Moritz Merklein.
Cientistas revelam nova forma super-rápida de computador que “cresce à medida que computa”
A transformação de fótons em ondas de som ao invés de elétrons revolucionaria a computação. Foi exatamente isso que pesquisadores da Universidade de Sidney (Austrália) conseguiram fazer.
“A informação em nosso chip em formas acústicas forma viagens com ordem de magnitude cinco vezes mais lentas que no domínio ótico”, diz o supervisor de projetos Birgit Stiller. “É como a diferença entre um trovão e um raio”.
Isso significa que computadores poderiam ter as mesmas vantagens que dados entregues por luz – alta velocidade, ausência de geração de calor por resistência eletrônica, e nenhuma interferência de radiação eletromagnética – mas também poderia ser lenta suficiente para que os chips de computadores atuais possam ler essas informações.