As ideias brilhantes e a genialidade de Stephen Hawking levaram o físico a ser comparado com grandes nomes da ciência, como com Albert Einstein e Isaac Newton. A data de sua morte, nesta quarta-feira (14), possui duas coincidências que o farão brilhar eternamente colado a outros gênios nas enciclopédias e livros de datas históricas.
Hawking morreu no mesmo dia do nascimento de Albert Einstein. Einstein, pai da teoria da relatividade, nasceu em 14 de março de 1879, em Ulm, na Alemanha. A outra coincidência está na data de nascimento de Hawking, em 8 de janeiro de 1942, 300 anos depois da morte de Galileu Galilei, pai da ciência moderna. Galileo morreu em 8 de janeiro de 1642, Arcetri, na Itália.
Conheça suas principais contribuições para a Humanidade:
Hawking, cujo livro “Uma Breve História do Tempo”, lançado em 1988, se tornou um best-seller e o levou ao estrelato, dedicou a vida a desvendar os mistérios do universo.
Como Einstein e Galileo, o físico britânico se tornou um dos cientistas mais conhecidos do mundo e entrou para o panteão dos titãs da ciência.
Além de seus insights que fizeram avançar a cosmologia, outra semelhança entre Hawking e Einstein era o fenômeno pop associado aos seus nomes. O físico britânico tinha o status de um astro do rock e sua vida foi retratada no filme “A Teoria de Tudo”, de 2014, que deu o Oscar de melhor ator a Eddie Redmayne.
Suas ideias brilhantes e sua genialidade renderam fãs em todos os segmentos, muito além da astrofísica.
Sua popularidade o levou a fazer participações em séries de televisão como “Star Trek” e “The Simpsons” e sua voz apareceu em canções do grupo Pink Floyd.
Stephen Hawking estava preso a um corpo paralisado por uma doença neuromotora, mas isso não o impedia de nos ajudar a compreender a vastidão do Universo.
O famoso físico britânico morreu aos 76 anos nesta quarta-feira, deixando ao mundo memoráveis reflexões sobre diferentes questões – da existência de Deus à origem do mundo.
Dependente de uma cadeira de rodas e impedido de falar, ele transmitia grande parte das suas ideias por meio de um sistema de computador que captava o movimento de seus olhos.
Das explicações para a existência do Universo aos aspectos negativos da fama, conheça algumas das mais famosas frases do cientista, que se dedicou a aproximar a Ciência do grande público.
Sobre buracos negros: “Einstein estava errado quando disse que ‘Deus não joga dados’. A existência dos buracos negros sugere não apenas que Deus brinca de dados, mas também nos confunde ao jogá-los onde não podem ser vistos”- no livro A Natureza do Espaço e do Tempo, publicado em 1996.
Sobre as razões para a existência do Universo: “Se encontrarmos uma resposta para isso, será o maior triunfo da razão humana, porque conheceríamos a mente de Deus”- no livro Uma Breve História do Tempo, publicado em 1988.
Sobre Deus: “Não é necessário invocar Deus para iniciar uma reação e fazer o Universo funcionar”- no livro O Grande Projeto, publicado em 2010.
Sobre sucesso comercial: “Eu quero que meus livros sejam vendidos em lojas de aeroporto”- em entrevista ao jornal americano The New York Times, em dezembro de 2004.

Sobre a fama: “O aspecto negativo da minha fama é que eu não posso ir a qualquer lugar do mundo sem ser reconhecido. Não adianta eu usar óculos escuros e peruca. A cadeira de rodas me entrega”- em entrevista a um programa de TV israelense em dezembro de 2006.
Sobre a imperfeição do mundo: “Sem imperfeição, você e eu não existiríamos”- no documentário O Universo de Stephen Hawking, transmitido pelo Discovery Channel em 2010.
Sobre eutanásia: “A vítima deve ter o direito de acabar com a própria vida, se ela quiser. Mas eu acho que seria um grande erro. Por pior que a vida pareça, sempre existe algo que você possa fazer e ser bem-sucedido. Enquanto há vida, há esperança”- fala citada no site de notícias People Daily Online, em junho de 2006.
Sobre a possibilidade de contato entre seres humanos e extraterrestres:“Acho que seria um desastre. Os alienígenas provavelmente estão bem mais avançados que nós. A história do encontro entre civilizações mais avançadas com povos primitivos neste planeta não é muito feliz, e eles eram da mesma espécie. Acho que devemos manter a cabeça baixa”- no programa In Naked Science: Alien Contact, do canal National Geographic, em 2004.

Sobre ser diagnosticado com uma doença neuromotora: “Minhas expectativas foram reduzidas a zero quando eu tinha 21 anos. Tudo desde então tem sido um bônus”- em entrevista ao The New York Times, em dezembro de 2004.
Sobre a morte: “Eu tenho vivido com a perspectiva de morrer cedo nos últimos 49 anos. Não tenho medo da morte, mas não tenho pressa para morrer. Eu quero fazer muita coisa antes disso”- em entrevista ao jornal britânico The Guardian, em maio de 2011.