A morte de uma estrela binária não é um assunto pacífico. É um evento violento, onde as estrelas lançam seu material externo e expele radiação para o espaço. É um processo que pode levar muito tempo – quanto mais massiva a estrela, mais espetacular é o evento de morte.
Eta Carinae, uma estrela binária a 7.500 anos-luz de distância, é de fato bastante massiva. Suas duas estrelas chegam a 90 e 30 vezes a massa do Sol. Portanto, não é de se admirar que a morte do casal estelar seja de cair o queixo – e o evento já dura por quase 200 anos.
Eta Carinae entrou em erupção magnificamente em 1838, no que é conhecido como a Grande Erupção. Em abril de 1844, era o segundo objeto mais brilhante no céu noturno. Ela jogou um monte de material no espaço, até 40 vezes a massa do Sol, e esse material envolve as estrelas como a Nebulosa do Homunculus.
A estrela binária que está morrendo não fez nada tão impressionante desde então, mas novas imagens tiradas usando o Telescópio Espacial Hubble mostram que ela ainda está ativa dentro da nuvem brilhante de seu próprio cadáver.
Para capturar as novas imagens de tirar o fôlego, os astrônomos usaram o instrumento Wide Field Camera 3 do telescópio. O objetivo da pesquisa era mapear o elemento magnésio brilhando na luz ultravioleta. Eles certamente não esperavam encontrá-lo no espaço entre o nitrogênio e as bolhas. Mas lá estava. Você pode vê-lo na imagem abaixo, mostrada em azul.
Isso significa que, antes da ejeção dessas bolhas brilhantes na Grande Erupção, a estrela provavelmente já estava perdendo material. Nós simplesmente não conseguíamos ver antes, porque não está em um comprimento de onda visível e não estávamos procurando com os instrumentos certos.
Enquanto isso, não temos ideia de quando Eta Carinae vai explodir, já que não podemos realmente ver as estrelas dentro da nebulosa para descobrir mais sobre elas. Pode ser amanhã. Pode ser daqui a dezenas de milhares de anos. Mas esperamos que os humanos ainda estejam por perto para ver isso.
Você pode encontrar a imagem em alta resolução aqui, incluindo versões em tamanho de papel de parede. [ScienceAlert]
Eta Carinae. (Créditos: NASA/ESA),