Cinco equipamentos de observação espacial registraram detalhes incríveis da Nebulosa do Caranguejo. As imagens foram feitas com a ajuda do telescópio Hubble, os observatórios Spitzer, Chandra e XMM-Newton e os radiotelescópios Karl G. Jansky.

O objeto celeste foi resultado de uma explosão de estrela percebida por astrônomos no ano de 1054. A nebulosa possui em seu centro uma estrela de nêutrons superdensa, resultado da explosão da estrela original. É ela que emite o objeto chamado de pulsar — pulsos periódicos de rádio, luz e radiação. A interação do pulsar com as rajadas de partículas emitidas por ele, mais o material liberado pela estrela pouco antes dela tornar-se uma supernova é o que dá forma a sua intrigante figura.
Para ter uma noção real de como a nebulosa se parece, os aparatos fizeram suas observações abrangendo o máximo possível das variações de faixa do espectro eletromagnético. A escala foi desde as ondas de rádio, passando pela luz invisível, infravermelho, ultravioleta e terminando nas ondas de raio-X.
Os astrônomos envolvidos estão animados com a descoberta e com o que ela pode trazer de novo sobre o objeto celeste. “Embora a Nebulosa do Caranguejo tenha sido extensamente estudada por anos, ainda temos muito a aprender sobre ela”, explica Gloria Dubner, do Instituto de Astronomia e Física do Espaço da Universidade de Buenos Aires e uma das líderes do projeto ao jornal O Globo.