A famosa equação de Einstein, E = mc², nos diz que energia e massa são intercambiáveis. Também mostra que uma massa muito pequena pode liberar uma quantidade titânica de energia.
Dentro do Sol, as temperaturas são tão altas que os átomos de hidrogênio são aquecidos para um estado de “plasma”, onde os elétrons já não orbitam os prótons nos núcleos. Os núcleos “libertos” então se fundem no processo conhecido como “fusão nuclear” para formar átomos de hélio. Neste processo, nem toda a massa é conservada, e a pequena quantidade de massa perdida é convertida em energia. Como afirmado anteriormente, a famosa equação de Einstein nos diz que esse processo desencadeia vastas rajadas de energia. A fusão nuclear é o mecanismo primário de todas as estrelas, e é de onde vem toda a energia das estrelas.
A maior fonte de energia disponível à nossa civilização Tipo 0 (veja classificação a seguir) é a bomba de
hidrogênio. Nossa tecnologia é tão primitiva que só podemos desencadear o poder da fusão do
hidrogênio detonando uma bomba, em vez de controlá-la num gerador de energia. No entanto,
um simples furacão gera a potência de centenas de bombas de hidrogênio. Assim o controle do
clima, que é uma característica das civilizações Tipo I, está a pelo menos um século de
distância de nossa tecnologia atual.
Agora Imagine uma civilização que aprendesse a dominar o combustível inesgotável de energia proveniente de uma estrela como o Sol.
Segundo Michio Kaku em Hiperespaço: Uma civilização Tipo I é aquela que controla os recursos energéticos de todo um planeta.
Essa civilização é capaz de controlar o clima, evitar terremotos, minerar em níveis profundos
da crosta terrestre e tirar todo proveito dos oceanos. Essa civilização já completou a
exploração de seu sistema solar.
Uma civilização Tipo II é a que controla o poder do próprio sol. Isso não significa
aproveitar passivamente a energia solar; essa civilização minera o sol. As necessidades de
energia dessa civilização são tão grandes que ela consome diretamente a força do sol para
mover suas máquinas. Essa civilização vai começar a colonização de sistemas estelares
locais.
A civilização Tipo III controla a força de toda uma galáxia. Como fonte de potência, ela
explora a força de bilhões de sistemas estelares. Provavelmente dominou as equações de
Einstein e é capaz de manipular o espaço-tempo à vontade.
A base dessa classificação é bastante simples: cada nível é categorizado a partir da fonte
de potência que energiza a civilização. As civilizações Tipo I usam a potência de um planeta
inteiro. Civilizações Tipo II, a de uma estrela inteira. Civilizações Tipo III usam a potência de
uma galáxia inteira. Esta classificação ignora quaisquer previsões referentes à natureza
detalhada de civilizações futuras (que são fatalmente erradas) e se centra em vez disso em
aspectos que podem ser razoavelmente compreendidos pelas leis da física, como o suprimento
de energia.
Nossa civilização, em contraposição, pode ser categorizada como uma civilização do Tipo
0, que está apenas começando a explorar recursos planetários, mas não tem a tecnologia nem
os meios para controlá-los. Uma civilização Tipo 0 como a nossa deriva sua energia de
combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão e, em grande parte do Terceiro Mundo, do
trabalho humano bruto. Nossos maiores computadores não podem nem prever o clima, que
dirá controlá-lo. Vistos dessa perspectiva mais ampla, nós, como civilização, somos um bebê
recém-nascido.
Embora possamos supor que a lenta marcha de uma civilização Tipo 0 para uma
civilização Tipo III poderia levar milhões de anos, o fato extraordinário ligado a esse
esquema de classificação é que essa ascensão é exponencial e portanto avança muito mais
rapidamente que qualquer coisa que se poderia conceber de pronto.
O fato é que em breve poderemos dominar tecnologias nucleares que nos colocarão a disposição a energia das estrelas. Imagine os perigos que isso representaria. Se não nos matarmos antes, poderemos observar as tecnologias de exploração espacial e temporal avançar décadas como consequência de tal tecnologia.
Obviamente isso ocorrerá ainda que em meio a disputas políticas e econômicas pelo monópolio das formas de energias industriais distribuidas comercialmente entre a população da Terra. Devido a razões econômicas, ainda que em breve seja previsto que a população ordinária possa capturar de formar mais acessível resquícios da energia Solar canalizando sua energia e a reaproveitando, muito dificilmente isso poderá estancar a disputa sanguinária por recursos primários derivados de combustíveis fósseis como petróleo e o carvão
Crédito da foto: SDO, NASA / ESA
Fonte: Michio Kaku, Hisperespaço.
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