Uma vitória histórica contra a caça aos animais silvestres

Segundo o horoscópio chinês, 2018 é o ano do cachorro. Partindo de outro ponto de vista, podemos dizer que estamos começando uma época de celebração aos elefantes. Isso porque o governo chinês acaba de banir completamente as fábricas e lojas que comercializam produtos com marfim do seu território.
A medida – de um pioneirismo importante em tempos em que os Estados Unidos parecem querer ignorar os animais e o meio ambiente – era prevista desde 2015, quando os primeiros estabelecimentos começaram a ser fechados no país. Até então, a China era o maior mercado de marfim doméstico do mundo.
Estima-se que 33 mil elefantes morram todos os anos para atender ao comércio – uma média de um a cada 15 minutos. A decisão do presidente Xi Jinping tem gerado discussões principalmente no continente asiático: Hong Kong e Taiwan pretendem banir o marfim até 2020. O Japão ainda se mostra resistente.
Nos últimos anos, diversas celebridades aderiram a causa dos elefantes, como o princípe William, David Beckham, Lupita Nyong’o, Edward Norton e Leonardo DiCaprio. Intimamente ligado à época da escravidão, o comércio de marfim fez com que a população de elefantes no mundo fosse de 10 milhões para apenas 400 mil indivíduos.