Um recente estudo feito em conjunto por pesquisadores da Universidade de Brasília e da Universidade de Amsterdã, na Holanda, descobriu que o rio Amazonas pode ter entre 9 e 9,4 milhões de anos, ou seja, seria bem mais velho do os cientistas acreditavam. Análises anteriores estimavam que ele tinha entre 1 milhão e 2,6 milhões de anos.
Rio Amazonas é mais velho do que se imaginava
Publicada pela revista científica Global and Planetary Change, a pesquisa chegou aos novos números depois de encontrar na foz do rio sedimentos de fósseis e plantas que, além de indicarem a idade mais avançada, ainda ajudaram a entender como a paisagem da área foi alterada por causa das mudanças climáticas.
Os sedimentos foram achados em uma fenda submarina localizada há 4,5km abaixo do nível do mar, em uma região do Oceano Atlântico alimentado pelas águas do rio Amazonas, e deram informações mais precisas sobre sua história evolutiva.
O trabalho científico conseguiu não somente determinar que o rio Amazonas é mais velho do que se imaginava, como também mostrou que, entre 2,588 milhões e 11,7 mil anos atrás, ocorreu uma expansão de terrenos de vegetação baixa na área, fator até então desconhecido pelos pesquisadores.
As novas descobertas, realizadas pelo projeto Clim-Amazon, podem contribuir para uma maior compreensão das mudanças climáticas através das análises das alterações que a vegetação sofreu na região há milhões de anos.