A história do rei Arthur é uma das mais duradouras peças da cultura na civilização ocidental. A lenda arthuriana vem em muitas variações diferentes e inspirou todo tipo de folclore e filmes sobre líderes divinamente escolhidos para defender as forças do mal usando armas míticas na companhia de homens valentes. As origens exatas da lenda são envoltas em mistério e a lenda é conhecida por existir poucas evidências concretas do rei, deixando seu aspecto ainda mais mágico. Ainda assim, a lenda persiste em toda a cultura e folclore ocidentais.
O conto do Rei Arthur remonta há muitos séculos, mas ainda consegue aparecer em eventos atuais de tempos em tempos, mostrando a profundidade do seu significado. No início deste ano, uma réplica da famosa espada de Arthur Excalibur foi encontrada em seu lugar de descanso lendário e historiadores e arqueólogos ainda debatem sobre quais ruínas e relíquias poderiam ter sido parte da vida de Arthur e quais túmulos poderiam ser o seu último lugar de repouso. Apesar de ter um impacto tão profundo na cultura anglo-saxônica e sendo amplamente estudado como uma figura da vida real, um historiador agora afirma que Arthur talvez não tenha sido real, mas sim alguma forma de um “super-herói celta” mítico.
Embora os relatos anteriores tivessem histórias e personagens semelhantes, a iteração moderna da lenda que a maioria de nós conhece é a história Regum Britanniae (História dos Reis da Grã-Bretanha) do século XII por Geoffrey de Monmouth.
Essa afirmação foi feita por Miles Russell, professor de Arqueologia Romana e Pré-histórica da Universidade da Inglaterra em Bournemouth. Russell passou sua carreira por meio de textos e histórias medievais que mencionam a lenda arthuriana. Depois de anos de análise cuidadosa, Russell diz que agora acredita que Arthur provavelmente não tivesse sido um líder que de fato existiu, mas sim uma junção de figuras históricas de lendas romanas destinadas a inculcar orgulho e criar valores para as novas terras celtas e britânicas depois da separação do Império Romano, da mesma forma que os super-heróis fazem hoje em dia.
“Ele seria um eco de todos esses outros indivíduos… o que Geoffrey de Monmouth fez foi criar um super-herói celta para seus tempos, um personagem para os britânicos celebrarem, tirado de todos os melhores aspectos daqueles indivíduos que viveram antes. O conto de Arthur, como foi originalmente apresentado, é aquele pelo qual ele leva um exército para a Europa para forjar um grande império. É uma história de conquista e repleta de bem-aventurança”
Mesmo que especulemos, nem para o sim ou para o não podemos pender quando o assunto entra em Arthur, pela falta de evidências que ainda persistem.
Mas na perspectiva dos pesquisadores, realmente podemos nos perguntar: será que as futuras civilizações irão atrás de evidências sobre Batman e Superman?