O vulcão Mayon lançou uma pluma de cinzas a mais de 1.220 metros de altura do seu cume e gerou até 480 metros de fontes de lava antes do amanhecer de segunda-feira (22), iluminando o céu escuro com um intenso brilho avermelhado.
Ativo desde 13 de janeiro, após suas últimas explosões sísmicas, o governo das Filipinas elevou o nível de perigo na região de 3 a 4. O nível mais alto – 5 – significa que uma erupção perigosa está em andamento.
A zona de risco na qual ninguém deve adentrar foi estendida a um raio de 8 quilômetros a partir do vulcão.
As autoridades de aviação civil também devem aconselhar pilotos a evitarem voar perto da cúpula do Mayon.
Perigo crescente
O Instituto Filipino de Volcanologia e Sismologia (PHIVOLCS) comunicou que a última explosão ocorreu em torno do horário local do meio-dia da segunda-feira e enviou lava superaquecida, rochas derretidas e vapor em cascata pelas encostas do Monte Mayon, deixando aldeias próximas na escuridão.
De acordo com o portal Live Science, mais de 27 mil moradores deixaram a província de Albay desde que Mayon entrou em atividade.
Na semana passada, lava quente lançada da boca do Mayon chegou até a reparar danos no lado sul do monte, feitos em erupções anteriores, restaurando sua famosa forma de cone.
PHIVOLCS também detectou “dois terremotos” gerados pelas explosões a nível do solo, bem como dezenas de cachoeiras e “episódios de drenagem de lava” dentro e ao redor da cratera vulcânica.
História
O Mayon, que se ergue 2.462 metros acima do Golfo de Albay, é o vulcão mais ativo das Filipinas. Suas encostas íngremes tornam-no um ponto de escalada popular, embora perigoso.
Em 2013, sem aviso prévio, o vulcão explodiu devido a uma infiltração de água na sua câmara de magma, lançando um vapor muito quente. A explosão matou cinco alpinistas e feriu sete.
A erupção mais violenta do Mayon até hoje ocorreu em 1814 e matou mais de 1.200 pessoas. [LiveScience, NYTimes]